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A verdadeira história do Conde Drácula (Bran, Romênia)

O Bran Castle, ou Castelo do Conde Drácula, era meu principal destino na Romênia. A história que envolve o príncipe Vlad Tepes tem várias versões, mas vamos falar sobre isso mais pra frente.

Saí de Bucareste com uma má impressão sobre a cidade, devido à má experiência que tive (leia o post anterior para entender). Eu estava realmente disposto a virar esse jogo para continuar a curtir a viagem como antes. Após uma curta viagem de trem, que levou três horas, desembarquei em Braşov. Por pura coincidência, encontrei Leah, a inglesa que havia conhecido no albergue, caminhando ao lado dos trilhos, em direção à estação – ela estava no mesmo trem e iria passar a noite em Braşov.

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Deixei minha mochila no guarda-volumes e embarquei no ônibus 23 que me levou até o terminal de rodoviário. Enquanto esperava o outro ônibus, pude reparar na simplicidade do povo romeno. Diferentemente de outros países da Europa, percebi que ali vive um povo pobre – financeira e culturalmente.

Eram duas horas da tarde quando tomei o ônibus para Bran. Ah, os ônibus são uma atração à parte, geralmente decorados com CDs no para-brisa, flores artificiais, bonequinhos, bandeirinhas, entre outros penduricalhos coloridos. Durante parte do trajeto de 40 minutos, uma senhora idosa sentou-se ao meu lado. Ela entoava canções bem baixinho, que parecia estar rezando e usava um vestido estampado, comprido até abaixo dos joelhos e um lenço sobre a cabeça. Logo percebi que esse era um traje comum das senhorinhas romenas que, religiosas, faziam o sinal da cruz em vários momentos. Aliás, o sinal da cruz feito por lá é um pouco diferente do que conhecemos, pois os gestos vão do alto da testa até o umbigo e da extremidade de um ombro à extremidade do outro.

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Eis que o ônibus parou e eu estava a uma curta caminhada do castelo. A visita em si não durou muito, o castelo é pequeno e cheio de escadas, passagens estreitas e secretas. As dependências não são luxuosas mas a mobília está muito bem conservada.

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Agora vamos à história que assombra o castelo e toda a Transilvânia. O Conde Vlad III Dracul matou, de forma cruel, dezenas de milhares de pessoas (entre as quais muitos otomanos que queriam invadir seu território). A forma preferida de torturar seus inimigos era o empalamento, daí ganhou o apelido Tepes (empalador, em romeno). A técnica de tortura consiste em introduzir uma estaca de madeira afiada (que fica posição vertical e possui cerca de 3 metros) no ânus do inimigo e esperar que ele deslize até a morte – que pode demorar horas e até dias.

Pois bem, a crueldade de Vlad Tepes (como ficou conhecido) chegou aos ouvidos do escritor irlandês Bram Stoker que transformou essa história sanguinária no lendário Conde Drácula. Entretanto, não existem registros de que Vlad bebia o sangue de suas vítimas e tampouco que tenha habitado o tal castelo. Nesse caso, parece que a ficção é mais conhecida que a própria história.

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Do lado de fora do castelo havia uma feirinha de artesanatos e suvenires onde permaneci algum tempo garimpando alguma lembrança do local. Havia também uma Casa do Terror, como essas que vemos em parques de diversões, que fazia a alegria das crianças. Sem muito mais o que fazer por ali, fui para o ponto de ônibus, onde conheci uma americana que vivia há 20 anos no Chile. Conversamos bastante até que o ônibus chegou lotado. Espremido e em pé, resisti aos 40 minutos de volta a rodoviária de Braşov, onde esperei mais um bocado para tomar outro ônibus até a estação de trem.

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Ao chegar na estação, descobri que o trem que eu queria tomar para Budapeste às 21h não existia naquele dia. Por sorte, ainda era cedo e consegui pegar o trem das 19h30 – sem cama, mas era o único disponível. E lá estava eu passando mais uma noite chacoalhando nos trilhos.


Veja a galeria!


Este é o 41º post da série Mochilão na Europa I (28 países)

Leia o post anterior: Minha terrível experiência em Bucareste

Leia o post seguinte: Buda + Peste (Hungria)


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GUILHERME GOSS

Turismólogo, travel writer e diretor da Reisen Turismo. Tem duas paixões: sua família e as viagens. Começou a viajar aos 17 anos e, até agora, 65 países não foram capazes de detê-lo! Sua melhor viagem é sempre a próxima!

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