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Bate e volta em Veneza

Lembram da Fátima, aquela amiga de Londres? Pois bem, enquanto eu viajava pela Europa ela havia se mudado, temporariamente, para uma cidade próxima a Milão para tirar sua cidadania italiana. Nesse dia, de sol forte, céu azul e muito calor, nos encontramos na estação Centrale e partimos juntos para Veneza, onde ela ficaria por dois dias e eu faria meu último bate e volta de Milão.

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Chegando em Veneza, enquanto ela já comprava a passagem de volta, eu fui atrás de um mapa e de informações sobre hospedagem pra ela. Ela estava sem reserva e descobrimos que o dia seguinte era Dia de São Marco – e que, talvez, não fosse tão fácil encontrar um local para dormir.

Com o endereço de um albergue em mãoes, pegamos o vaporetto (espécie de transporte coletivo aquático, é o barco-busão de Veneza) e partimos. No caminho, enquanto cruzávamos os canais, eu ia reparando na singularidade daquela cidade de casas e estabelecimentos comerciais com as fachadas voltadas para a água, onde correm ruas e avenidas alagadas – como se a cidade tivesse sofrido uma enchente daquelas.

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Desembarcamos em S. Zacarias e, seguindo o mapa, encontramos o albergue. Porém, ela queria ficar por duas noites e só havia vaga para uma. Só depois de muita conversa, o rapaz resolveu indicar um albergue maior. Ele ligou e confirmou que havia vaga disponível.

Como eu tinha pouco tempo, combinamos um ponto de encontro e, enquanto ela foi atrás do albergue, eu fui me perder pelas ruelas da cidade até chegar à Piazza San Marco. Essa praça é a maior e mais famosa de Veneza, é onde os turistas se reúnem massivamente – e os pombos também. Ao redor da praça, bares, restaurantes e cafés disputam o tempo dos visitantes com os museus e a Basílica di San Marco. Aliás, nesse ponto me reencontrei com a Fátima e fomos conhecer a igreja construída em estilo bizantino que guarda os restos mortais de São Marcos e é um dos cartões-postais da cidade. O destaque fica por conta do Pala d’Oro, um impressionante altar de ouro, adornado com prata e pedras preciosas.

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A grande torre que se vê, também na Piazza San Marco é o Campanile (campanário) que possui 99 metros de altura e oferece as melhores vistas da cidade. Em frente a ela, a grande construção em estilo gótico veneziano é o Palazzo Ducale. Ainda na Piazza, encontra-se a Torre dell’Orologio, exibindo um interessante relógio de 24 horas com as fases da lua, os signos do zodíaco e as estações do ano.

Depois fomos conhecer as famosas gôndolas venezianas, mas apenas por fora, já que o passeio custava cerca de €100,00. Esse tipo de embarcação é típico de Veneza e foi o mais utilizado para o transporte de pessoas até a chegada dos barcos motorizados. Hoje em dia, pode-se dizer que o transporte de gôndolas é restrito aos turistas, devido aos altos preços praticados. Elas são todas pretas por fora e costumam ter assentos almofadados bastante confortáveis. Os gondoleiros, por sua vez, também vestem um traje padrão: calças pretas e camisa alvinegra listrada.

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Bacana também é atravessar as pontes do Grande Canal, de onde se formam belas paisagens entre as quais, talvez, a mais conhecida delas seja a que se vê desde a Ponte Dell’Accademia, a última do canal.

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Junto com belo entardecer, chegava ao fim minha visita à Veneza, uma cidade ímpar – e nem senti o odor desagradável que alguns falam. Eu e a Fátima nos despedimos por enquanto, pois minha viagem pela Itália continuaria e ela iria me encontrar em alguma outra cidade.

Tomei um vaporetto e voltei à estação. Embarquei no trem e só havia eu dentro da cabine para seis pessoas mas, algumas paradas adiante entraram três nigerianos para mudar, definitivamente, o astral da viagem! O pequenino e superativo Justince fazia todos rirem enquanto falava coisas em um idioma que só ele mesmo compreendia, dançava keke (acho que é isso) e esparramava pipoca pela cabine.

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Em Milão, todos me aguardavam já prontos para sair, mas eu estava tão cansado que tive que recusar o convite. Comi o macarrão que haviam preparado, tomei um banho e, sem sono, comecei a arrumar a mochila – de tempo em tempo existe essa necessidade para deixar tudo organizado lá dentro. Quando o pessoal retornou do passeio, cerca de duas da manhã, eu ainda estava acordado. Conversamos um pouco e fomos dormir pois no dia seguinte, enfim, sairíamos para explorar a cidade de Milão.

Veja mais fotos na galeria abaixo!


Este é o 29º post da série Mochilão na Europa I (28 países)

Leia o post anterior: Ferrari é mato! (Monte Carlo, Mônaco)

Leia o post seguinte: Milão em um dia

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GUILHERME GOSS

Turismólogo, travel writer e diretor da Reisen Turismo. Tem duas paixões: sua família e as viagens. Começou a viajar aos 17 anos e, até agora, 65 países não foram capazes de detê-lo! Sua melhor viagem é sempre a próxima!

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