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O que fazer em Tupã e região

Fala, viajante! Neste post vou falar de alguns locais que conheço muito bem – desde a infância pra ser mais exato. Nasci e morei em Tupã, no interior de São Paulo, até os meus 17 anos. Saí pela primeira vez para fazer intercâmbio e depois rolaram mais algumas idas e vindas (leia a página do autor se quiser saber mais sobre mim). O que fazer em Tupã e região é um post que há tempos eu queria escrever. Por isso me desafiei a percorrer seus principais atrativos.




Esse material é uma boa recordação que terei de alguns lugares que gosto e que, na minha modesta opinião, devem ser mais visitados. Dessa forma espero poder colaborar também com aqueles que, assim como eu, dedicam suas vidas ao turismo.

Mas chega de papo e vamos ao que interessa!

Assista ao vídeo mas não deixe de ler o post em seguida, ele contém informações exclusivas!

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O que fazer em Tupã e região

 

PIT (Posto de Informações Turísticas)

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Localizado na Praça da Bandeira, o PIT é o principal ponto de informações turísticas da cidade. Portanto, vale passar lá para saber alguma informação específica e conferir o que está acontecendo na cidade.

 

Solar Luiz de Souza Leão

Uma visita em Tupã deve começar na casa do fundador da cidade. Souza Leão nasceu em 1901 no estado de pernambuco. Em 1929 instalou-se e fundou a cidade Tupã, onde faleceu em 1980. A área de sua residência, construída em 1933, ocupa quase todo o quarteirão, dividindo-o apenas com outro museu, também criado a partir de sua iniciativa. Em 1964, Souza Leão doou essa residência para o município, com a condição de que a mesma fosse transformada em museu. O solar abriga móveis, utensílios, roupas e diversos outros itens pessoais do fundador.

Uma história curiosa que desde muito tempo corre pela cidade, diz que o fundador teria sido enterrado em pé. A resposta à essa questão foi explicada com fundamentos pelo zelador do Solar, e xará de Souza Leão, o Sr. Luiz: “Tudo que ele [Souza Leão] falava, normalmente, virava palavra de ordem, virava lei. E ele dizia que um pernambucano de fibra, como ele, nem depois de morto deitaria. Por esse motivo, as pessoas acreditam até hoje que ele possa estar enterrado em pé. Mas não, ele está enterrado deitado”.

Aberto de segunda a sábado das 8h às 17h. Entrada gratuita.
Endereço: Rua Caingangs, 600

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Museu Índia Vanuíre

Criado em 1966, por Souza Leão, o respeitado museu possui dois eixos principais: a história local e a etnografia. A coleção histórica remonta à formação e desenvolvimento do município, retratando os imigrantes que colonizaram a região. A coleção indígena reúne artefatos de caça, de rituais e domésticos de diferentes etnias. O acervo possui com cerca de 38 mil objetos. Meu destaque vai para os cocares enormes e coloridos.

Aberto de terça a domingo das 9h às 17h. Entrada gratuita.
Endereço: Rua Coroados, 521

 

Praça da Bandeira

Originalmente idealizada e construída com a forma da bandeira do Brasil, foi se descaracterizando ao longo do tempo. Sua importância, no entanto, continua grande por abrigar a Igreja Matriz de São Pedro, o Posto de Informações Turísticas (PIT), o Espaço Cultural José Anselmo Filho (Zé Pretinho), além de diversos eventos.

 

Museu dos Tropeiros

O mais novo museu de Tupã, inaugurado em 2017, reúne mais de dois mil itens relacionados ao tropeirismo. Idealizado por Luiz Gonzaga Tovo (Nanguinho), o espaço conta a história do grupo “Chapéus Brancos” que, em 1964, realizou o primeiro rodeio da cidade e preserva a cultura das Comitivas Tropeiras do município.

Aberto de segunda a sexta das 7h às 11h e das 13h às 17h. Entrada gratuita.
Endereço: Rua Duque de Caxias – Antiga Estação Ferroviária

 

Água Doce Cachaçaria e Museu da Cachaça

Inaugurada em 1990, a sede da rede Água Doce é destino certo para quem visita à cidade. A especialidade do restaurante são pratos tradicionais da gastronomia brasileira e, é claro, as mais variadas cachaças. Alguns dos meus pratos favoritos são a salada refrescante e o escondidinho.

O espaço também abriga o Museu da Chachaça, inaugurado em 2004. O museu, que surgiu a partir da coleção de cachaça particular de Delfino Golfeto, possui quatro salas temáticas: História da Cachaça, Coleção de Cachaça, História da Água Doce e Paixões Nacionais.

A Cachaçaria abre de segunda a quarta das 18h à meia noite; de quinta a sábado até 1h da manhã.
O Museu da Cachaça abre de segunda a sábado em horário comercial mediante agendamento (14 3491 5691) e durante o horário de atendimento do restaurante.
Endereço: Rua México, 120

 

Sorveteria da Roça

Localizada em um sítio, fora dos limites urbanos, a proposta é servir um sorvete caseiro e envolver os visitantes com a tranquilidade do campo. Além dos diversos sabores de sorvete, o local também possui um espaço agradável com parquinho infantil, grutas, artesanato em ferro e outras atrações que estão por vir, como arvorismo e trenzinho.

Para mim, particularmente, aquele lugar também remete às histórias do meu avô, Claudionor Goss. Ele foi proprietário do sítio por muitos anos e as lembranças são infinitas.

Aberta de quinta a domingo, das 16h às 20h.
Endereço: Vicinal Tupã/Queiroz, Km 3

 

Outras opções

Outros pontos de interesse em Tupã são a Praça Dom Bosco, Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, Praça da Imigração Japonesa, pesqueiros, o restaurante temático Olé, entre outros.

E pra quem só pode visitar Tupã nos feriados, também ocorrem alguns eventos legais como Natal de Luz, o carnaval Tupã Folia, a festa Tupã Junina, a exposição agropecuária Exapit e a festa japonesa Nippon Fest.


O que fazer em Varpa

Varpa fica a apenas 25 km do centro de Tupã, mas a impressão é de estarmos em outro país. Ocupada por imigrantes vindos em sua maioria da letônia, eles desenvolveram sua comunidade preservando suas tradições.

 

Estância Kruklis

Na Varpa não é difícil encontrar lugares aconchegantes em meio à natureza. Rodeada por vegetação, lagos e um córrego, a estância cria um clima agradável para quem quer se divertir ou apenas descansar por um momento. Trilhas em meio aos bambuzais e um ofurô natural estão entre as atrações. O proprietário também mantém um Museu Agrícola com implementos agrícolas e outras relíquias.

Espaço disponível para locação pelo tel. 14 99691 0565 – Carlos
Endereço: Rua Riga, 650

 

Museu Histórico da Varpa – Janis Erdbergs

Janis Erdbergs, fotógrafo e artista plástico, veio para o Brasil em 1992, com apenas 14 anos, junto com os primeiros imigrantes de Varpa. O prédio de uma antiga Igreja Batista, que data de 1941, foi adquirido por ele e inaugurado como museu em 1980.

O acervo possui implementos agrícolas, ferramentas, roupas, meios de transporte e fotografias, entre outros objetos que contam a história dos letos que deixaram a Letônia fugindo da perseguição religiosa e assentaram-se nessas terras para começar um nova vida. Em 1993, Erdbergs doou o museu para a prefeitura de Tupã e faleceu no ano 2000.

Abre de quarta a domingo das 12h às 18h. Entrada gratuita.
Endereço: Travessa do Rio do Peixe s/n

 

Rancho dos Defumados

Parada certa pra quem visita Varpa é essa loja com alimentos de fabricação caseira que preserva os processos de defumação passados de geração em geração. Ela fica na rua do museu e oferece uma variedade de defumados como a linguiça mista, lombo, joelho suíno, costelinha, bacon, picanha suína e também geleias, pimentas e mel.

Aberto todos os dias.
Endereço: Travessa do Rio do Peixe, 60

 

Fazenda Palma

O local preserva seus casarões antigos construídos pelos imigrantes e possui quiosques, churrasqueiras, alojamento trilhas e cachoeira natural.

Abre de terça a domingo. Entrada: R$ 10; crianças de 4 a 8 anos pagam R$ 5.

 

Expedição Varpa

O tempo chuvoso não permitiu que participássemos da atividade que inclui canoagem, luau e acampamento.

Endereço: Avenida Brasil, 137

 

Outras opções

Outros pontos de interesse em Varpa são Apiário Puro Mel (produção e comercialização de mel), Artesanato Floresta e Orquidário.

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O que fazer em Arco-Íris

 

Aldeia Vanuíre

Uma visita a uma aldeia indígena nessa região faz todo sentido, afinal, eles foram os primeiros habitantes do local. Aqui não cabe um resgate histórico detalhado, mas todos sabemos que os indígenas, desde sempre, foram perseguidos e expulsos de suas próprias terras. Embora algumas etnias tenham sido trazidas de outros lugares, foi nessa aldeia que finalmente encontraram a paz e um lugar para chamar de lar.

A Aldeia Vanuíre, distante 25 km do centro de Tupã, acolheu diferentes etnias que, ao longo do tempo, acabaram miscigenados. Contudo, preservam suas tradições.

A visita à aldeia deve ser agendada com antecedência e preferencialmente em grupo para poder assistir às apresentações de dança e experimentar a culinária indígena. Como éramos apenas três pessoas as atividades foram uma palestra sobre a história, visita ao museu e loja de artesanatos, visita à casa sagrada e trilha ecológica.

A família que nos recebeu é da etnia Krenak. Lidiane, uma das lideranças da aldeia, nos conduziu durante toda a visita. A palestra que Lidiane deu, com a companhia de seus pais, foi um dos pontos altos. Foi muito interessante saber de onde vieram, como viviam, entender como se originou a aldeia, como tudo se transformou e saber o ponto de vista que eles têm sobre certas coisas.

O museu, que também é lojinha de artesanatos, fica em uma pequena cabana. Enquanto olhávamos curiosos os artesanatos, Seu João, pai de Lidiane, pegou uma flauta e começou a tocar. O belo toque, conforme me explicou, era utilizado para convidar as pessoas a participarem das cerimônias. Depois disso ele nos mostrou cada item do museu. Compramos algumas lembranças e seguimos o passeio.

Chegamos à casa sagrada, local utilizado algumas vezes por semana para rituais. Lá dentro, uma brasa é mantida acesa o tempo todo. “O nosso povo acredita que toda libertação e redenção, você consegue através das cinzas. E é por isso que o nosso povo mantém o fogo aceso, para fazer a cinza e espalhar dentro dela [casa sagrada], pois assim as pessoas que acreditarem e buscarem uma cura e libertação através de sua fé, independente de crença, alcança o esperado”, explica Lidiane. Só adultos têm permissão para entrar na casa sagrada e é preciso estar descalço.

Continuamos o passeio pela aldeia, conhecemos a escola, o posto de saúde e ingressamos na trilha em meio à mata. O caminho não é dos mais fáceis e inclui travessias por cima de troncos sobre córregos. Enquanto percorríamos o caminho, Lidiane nos mostrava várias plantas, árvores e suas propriedades. A primeira parada para descanso é em uma pequena cachoeira. Depois o caminho fica mais fácil e rapidamente chegamos a uma represa, que é ponto final da trilha e o passa-tempo preferido das crianças da aldeia.

A visita é gratuita. Mas uma boa forma de ajudar e agradecer é levando guloseimas para as crianças, alimentos e comprando o artesanato produzido por eles.

Fazia muito tempo que eu não visitava a aldeia. Gostei do que vi e acho que eles têm um potencial imenso para crescer na atividade turística desde que continuem preservando e difundindo suas culturas.

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Agradecimentos

Tupã: Eduardo Moreti (Chefe de Cultura), Caio Aoqui (Vice-Prefeito) e Aracelis (Turismóloga) pela discussão de ideias e facilitação para as filmagens; Sr. Luiz (Solar Luiz de Souza Leão), Márcia (Sorveteria da Roça) e Tamime (Diretora do Museu Índia Vanuíre) e equipe pela receptividade;

Arco Íris: Cris Passadori (Diretora de Cultura e Turismo de Arco Íris), Lidyane e família (Liderança Krenak);

Varpa: Carlos (Estância Kruklis) e Lúcia Bukolts (Museu e Rancho dos Defumados)


É isso aí, viajante! Antes de ir para outro post, deixe seu comentário, dúvida, dica, crítica, sugestão ao final da página. Responderemos com o maior prazer!


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GUILHERME GOSS

Turismólogo, travel writer e diretor da Reisen Turismo. Tem duas paixões: sua família e as viagens. Começou a viajar aos 17 anos e, até agora, 65 países não foram capazes de detê-lo! Sua melhor viagem é sempre a próxima!

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