Fala, viajante!!
O assunto de hoje é Cali, a terceira maior cidade colombiana, muito famosa por um ritmo musical: a Salsa. Vamos fazer uma aula?! 🙂
Aprendendo a bailar Salsa (Cali, Colômbia)
Domir mais uma noite no ônibus não seria problema para quem já havia se adaptado a esse esquema. Embarcamos em Ipiales, com destino a Cali – a apenas 475 km de distância mas que, na prática, representam mais de 10 horas de viagem. A passagem no semileito da empresa Supertáxi havia custado COP 40.000 (o leito custava COP 60.000), o ônibus era bastante confortável e a noite foi tranquila.
Difícil foram as duas últimas horas… Já estávamos na região metropolitana e o trânsito era absurdo. Passamos por regiões bem feias da cidade, que nos faziam lembrar das favelas brasileiras. Quando, finalmente, desembarcamos, já estávamos com fome e, mais uma vez, aproveitamos para comer na rodô.
Depois de estudarmos várias maneiras de chegar ao albergue, decidimos que a melhor opção seria o táxi – que já provamos ser uma ótima opção quando se viaja em três pessoas. Assim, chegamos ao La Pinta Boogaloo, no bairro Bellavista. É um casarão imenso, cujo antigo dono certamente gostava da ostentação. Nossa suíte tinha um closet, banheiro de pedras negras com detalhes dourados e uma grande banheira com hidromassagem. E o melhor, uma sacadinha de frente para a piscina!
Pegamos algumas informações e, sem mapa, tentamos ir a pé até o centro. Caminhamos em vão, no sentido errado, debaixo de um sol que ardia e apelamos para um táxi. Em poucos minutos estávamos em frente ao Museo del Oro Calima, um museu pequeno mas que conta histórias interessantes sobre a utilização do ouro pelos povos antigos que ali viveram e foram surpreendidos pelos espanhóis. De lá seguimos para a Iglesia de la Merced que abriga um museu arqueológico e um de arte religiosa, mas estava fechada.
Procuramos mais alguns atrativos no centro histórico, mas nenhum que mereça muito destaque. Cali me pareceu uma cidade pouco turística e funcionou mais como uma parada estratégica em nosso roteiro.
Muito bonita é a Catedral Metropolitana (ou de San Pedro Apóstol), toda branca com uma cúpula quadriculada, laranja e verde. Ela fica localizada em frente à Plaza Cayzedo – que encontramos tomada pelos locais. Seguimos até o Parque de Los Poetas, à beira do Río Cali e próximo à magnífica Iglesia La Ermita, que é uma mini-igreja gótica, incrível!
Fora isso não há muito mais o que visitar ou fazer na cidade, a não ser que você queira apreciar as vistas desde os mirantes Cristo Rey ou o Cerro de las Tres Cruces ou, ainda, se aventurar em algum esporte náutico no lago Calima.
Como essas outras opções não nos despertaram muito interesse, fomos comer novamente! Desta vez encontramos um restaurante no centro, onde estava passando algum jogo do campeonato europeu. O pedido foi o de (quase) sempre: pechuga a la plancha. E aproveitamos a ocasião para degustar as cervejas locais: Club Colombia, Poker e Costeña.
Decidimos, então, voltar para o albergue a tempo de pegar a aula de salsa que ocorre todos os dias, gratuitamente. Cali é considerada a capital mundial da salsa, pois seus munícipes faturaram o título por diversas vezes. Logo, a cidade possui uma grande oferta de escolas e casas que se dedicam ao ritmo. E lá estávamos nós, prestes a passar vergonha, ou não? No começo foi bem complicado mas, aos poucos, fomos pegando passo a passo e não foi tão difícil assim. Logicamente, não aprendemos a dançar salsa com apenas uma aula, mas foi muito divertido.
Depois da exaustiva experiência, tiramos um tempo para descansar e curtir a piscina do albergue. Mais tarde, após queimarmos os miolos, decidimos excluir do roteiro a cidade de Medellín (por acreditarmos que a experiência seria meio parecida com a que tivemos em Cali, mas sem a salsa), deixando pra lá alguns pontos da história de El Patrón, Pablo Escobar e também para evitarmos dois dias de ônibus. Fizemos as contas e vimos que ficaria mais barato (e rápido) pegarmos um voo até o próximo destino, Cartagena, e ficarmos mais tempo por lá. Compramos os bilhetes pela internet (Cali/Cartagena COP 220.000) para o dia seguinte.
Era uma quarta-feira e queríamos conhecer uma casa típica de salsa. Pegamos um táxi e buscamos os nomes que nossa professora havia indicado, como a Zaperoco. Mas estavam todas fechadas. Procuramos algum barzinho ou restaurante, mas a maioria estava vazio, sem muita graça. No final das contas, fizemos um enorme tour de táxi pela cidade, até resolvermos desembarcar em uma praça cheia de opções gastronômicas! Depois de analisarmos tudo com calma, fizemos a nossa escolha – um carrinho de lanches que ficava na garagem do proprietário. Ele, um senhor atencioso, demorava para fazer os lanches, mas a espera valeria a pena. O lanche era ótimo, muito recheado, pena que caí na pegadinha da maionese de bisnaga – aliás havia umas sete bisnagas por mesa, cada uma com um tipo de molho diferente. Chegando ao albergue comecei a passar mal, com febre alta, tremendo de frio. Mal sabia eu que o mal estar perduraria por algumas semanas.
No dia seguinte, acordamos cedo e pegamos um táxi até o Aeropuerto Internacional Alfonso Bonilla Aragón, de onde sairia nosso voo para Cartagena. Mas sabe aquelas passagens que compramos pela internet? Pois é… No próximo post continuamos essa história!
Guarde as informações abaixo para a sua viagem!!
Ônibus Ipiales/Cali pela Supertáxi – COP 40.000/60.000 (semileito/leito)
Albergue La Pinta Boogaloo – End: Carrera 3 Oeste #11-49. Os dormitórios custam a partir de COP 19.000; os quartos privativos sem banheiro custam COP 43.000/64.000 (single/double); quartos privativos com banheiro COP 64.000/86.000 (single/double); e a suíte COP 96.500/107.000 (single/double). Consulte o site para três ou mais pessoas.
Museo del Oro Calima – End: Calle 7, n. 4-69. Abre: ter/sex 9h-17h, sáb 10h-17h. Entrada gratuita.
Iglesia de la Merced – End: Carrera 4 com Calle 7. Abre: seg/sáb 9h-13h e 14h-18h. Abriga o Museo Arqueológico MUSA la Merced, entrada COP 3.000 (estudantes pagam COP 2.000).
Casa de Salsa Zaperoco Bar – End: Av. 5 Norte #16N-46. Abre: qui/sáb 20h-2h.
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