Enorme, caótica, suja, bagunçada e apaixonante… Os adjetivos se confundem ao tentarmos definir a capital tailandesa. Alguns viajantes que conheço têm opiniões divergentes, muitos a amam incondicionalmente e outros tantos não conseguem enxergar sua beleza. Nesse post vou dar dicas sobre o que fazer em Bangkok.
Nas duas vezes em que estive na cidade tive experiências bem distintas, mas gostei de ambas!
A primeira vez, em 2010, foi no melhor estilo do filme “Se beber, não case!“. No auge dos meus 23 anos, era o meu debut ao tão misterioso e sedutor sudeste asiático. Em Bangkok, fiquei hospedado na lendária Khao San Road (o epicentro do pulsante universo mochileiro).
Andei muito de tuk tuk. Degustei todas as cervejas locais, conheci todas as baladas do momento. Comi todos os bichos exóticos que apareceram pela frente. Pra completar, fiz uma tatuagem. Sim, foram dias e noites alucinantes. Mas também dediquei meu tempo a conhecer várias atrações. Fui aos melhores templos, fiz compras e alguns passeios pela região, como o mercado flutuante e os canais de Bangkok. Também visitei lugares e fiz coisas que não repetiria e nem indicaria: Tiger Temple e andar de elefante.
A minha segunda vez, em junho de 2017, foi bem diferente. Acompanhado pela família, fiz uma visita bem mais tranquila à capital, mas sem deixar perder a sua essência. Ficamos hospedados na rua Rambuttri, uma prima mais comportada da Khao San – e que fica a apenas uma quadra de distância. Fomos a alguns restaurantes – evitamos as comidas exóticas. Visitamos o Grand Palace, vários shoppings e fizemos o clássico passeio aos mercados flutuante e do trem. E, acredite, levei minha filha de 3 anos a tudo isso – e ela curtiu demais!
Portanto, viajante, seja solteiro, mochileiro, na loucura, ou em família, com filhos e comportado, Bangkok é uma cidade incrível que deve ser visitada na primeira oportunidade que tiver e em qualquer ocasião!
Assista à nossa web série sobre a Tailândia
Chegando em Bangkok
Saindo do Brasil, seja qual for a sua companhia aérea, você chegará ao Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi, conhecido pela sigla BKK. A primeira impressão é das melhores: o aeroporto é supermoderno, muito bonito e tem uma estrutura de dar inveja – inclusive existem esteiras rolantes que levam você e o carrinho de bagagens de um andar para o outro (evitando os elevadores).
A melhor forma de sair do aeroporto vai depender de qual região você escolheu para se hospedar. No nosso caso, como optamos pelas imediações da Khaosan Road, a forma mais prática é ir de táxi – pois o sistema de transporte (metrô/MRT e BTS/Skytrain) não têm acesso à essa região. Um táxi grande para 5 pessoas e bastante bagagem, nos custou THB 500 – um carro pequeno custaria THB 400. Achei o valor justo para uma corrida que durou mais de uma hora.
Onde ficar em Bangkok?
Tá viajando sozinho e procurando agito? Quando estive em Bangkok pela primeira vez, me hospedei no Khaosan Palace que reunia a localização que eu procurava, incrustado no burburinho. Além disso, ele conta com a facilidade de ter um 7-Eleven (a rede de lojas de conveniência que você vai procurar várias vezes) embaixo dele, aberto 24 horas. Porém, o barulho até tarde é inevitável e, se você não estiver no clima, aconselho a procurar outra opção.
Foto: divulgação
Como eu já adiantei, na minha segunda visita optei por um hotel na rua Rambuttri, a apenas uma quadra da Khaosan e com agitação na medida certa. O ambiente é mais tranquilo e as opções de restaurantes são melhores que na Khaosan (onde predominam bares e baladinhas).
Conhecemos dois hotéis: o Rambuttri Village, que há tempos vem sendo o queridinho dos brasileiros, conta com uma estrutura simples mas é limpinho e possui um bom buffet de café da manhã. Próximo dele, fica o novíssimo Ibis Styles Bangkok Khaosan Viengtai, inaugurado em fevereiro de 2017 e que é, na minha opinião, a melhor custo x benefício da região. Sua localização é ótima, os quartos são lindos, confortáveis, a piscina é super diferente e o café da manhã é de altíssimo nível.
Rambuttri Village
Leia o post com reviews de hotéis: Onde ficar em Bangkok? Conheça os hotéis Khaosan Palace, Rambuttri Village e Ibis Styles
Ibis Styles
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Quantos dias ficar em Bangkok?
Pra responder a essa pergunta, vou voltar a citar minhas duas passagens por lá. Na primeira vez, fiquei cinco dias. Eles foram úteis para conhecer os templos mais bacanas, o Grand Palace e aproveitar a noite na Khao San, nas baladinhas e nos mercados noturnos, como Patpong. Também fiz um passeio de barco pelos canais da cidade, visitei o shopping MBK e algum Siam, não me lembro qual deles. Nos arredores, pude conhecer o mercado flutuante Damnoen Saduak, o Tiger Temple e andei de elefante (repito que não recomendo essas duas últimas atividades, pois os animais sofrem maus tratos).
Dessa última vez que estive na cidade (junto com a família) fiquei apenas três dias. Isso porque eles não estavam tão interessados em conhecer os vários templos da cidade (que eu, particularmente, recomendo!!), e queriam ir logo para as praias. Com eles, revisitei o Grand Palace, passei uma tarde toda pulando entre os shoppings MBK, Siam Discovery, Siam Center e Siam Paragon – é possível ir a pé de um ao outro, pois eles ficam lado a lado. Conhecemos o interessante complexo Asiatique (que une lojas, restaurantes, atrações e uma arena de Muay Thai) e fizemos um passeio para o mercado flutuante Damnoen Saduak e para o mercado do trem Maeklong.
Portanto, para definir a quantidade de dias na capital tailandesa vai depender muito dos seus interesses. Eu indico, no mínimo – mínimo mesmo -, três dias na cidade. Lembre-se que Bangkok é uma cidade muito grande e o deslocamento entre os pontos de interesse podem ser demorados.
O que fazer em Bangkok?
Templos – Já li fontes que citam que existem mais de 400 templos em Bangkok, outros dizem que são mais de 31.200. Eu prefiro dizer apenas que Bangkok reúne um número incontável de templos e, por isso, resolvi escrever um post exclusivo com os templos mais imperdíveis da cidade. Há quem queira visitar apenas o Grand Palace que já inclui o famoso Wat Phra Kaew com seu Buda de Esmeralda. Muitos não querem perder a oportunidade de tirar de tirar uma selfie ao lado do colossal Buda Reclinado do Wat Pho. E outros, assim como eu, vão além e também querem ver o Buda em pé, o Buda sentado, o Buda meditando, o Buda ajoelhado, o Buda… etc… 🙂
Leia mais sobre os templos no post 7 Templos Imperdíveis de Bangkok
Compras – As imediações da Khao San Road estão repletas de barraquinhas onde você vai encontrar suvenires, camisetas, acessórios, bijuterias, etc. Se você pretende se aprofundar em compras mais específicas, experimente os shopping centers. MBK, Siam Discovery, Siam Center e Siam Paragon são ótimas opções. Se você é o alucinado das compras, certamente deve incluir em seu roteiro o Chatuchak Weekend Market que, como o nome sugere, funciona apenas aos finais de semana – ele é o maior shopping a céu aberto da Tailândia. Para unir suas compras a um passeio agradável entre restaurantes bacanas, opções de entretenimento e ainda, quem sabe, assistir a uma luta de Muay Thai e andar de roda gigante, o Asiatique vai ser uma ótima pedida.
Restaurantes – Apesar da Tailândia possuir uma das gastronomias mais admiradas, confesso que não demos a devida atenção a esse quesito enquanto estivemos em Bangkok. Acabamos fazendo muitos lanches rápidos (sim, apelamos várias vezes para fast food e pizza). Na rua Rambuttri, experimentei o famoso Pad Thai em dois endereços diferentes: no Villa Cha Cha (ultra picante) e no Sawasdee House (melhor pro meu paladar ocidental).
Não é preciso dizer que os shoppings possuem opções variadas de comida local e internacional. Podem ser uma boa opção pra agradar a todos os paladares entre uma compra e outra. Lembro-me que, em 2010, também havia algumas opções bacanas no mercado noturno de Patpong. Arranha-céus como o Baiyoke Sky Hotel também procuram atrair público para bares e restaurantes com uma vista noturna deslumbrante da cidade. Agora, pra quem quer experimentar algo completamente diferente, sugiro o Dine in the Dark, um jantar às cegas em Bangkok.
Passeios – Posso dizer que o passeio ao mercado flutuante Damnoen Saduak é obrigatório. Mesmo que ele seja extremamente turístico, vale a pena conferir como tudo era feito tempos atrás e ainda xeretar nas muitas lojinhas de artesanato espalhadas por lá. Também é interessante conhecer o modo de vida simples levado pela população local.
Uma dica é aproveitar o passeio de barco mas deixar pra comprar nas lojinhas, onde o preço é bem menor. O mercado do trem Maeklong pode não ser “bonito e cheiroso” mas é superautêntico. As mercadorias são expostas ao longo do trilho e são recolhidas rapidamente quando o trem está pra passar. O movimento de consumidores locais é grande – e os turistas vão só pra ver mesmo. Se você puder se deslocar mais um pouquinho mais da capital, considere visitar as ruínas de Ayutthaya. Se você procura muito agito, seu destino ideal pode ser Pattaya.
Leia nosso post exclusivo Passeios em Bangkok: Mercado Flutuante e Mercado do Trem
Turismo consciente – Não é novidade que a Tailândia possui opções de passeios populares que não são muito amigáveis com os animais. Tive a infelicidade de visitar dois desses lugares em 2010, na minha primeira visita ao país. Na época, não chegou até mim nenhuma notícia informando a realidade cruel dessas “atrações”.
O Tiger Temple é um desses lugares que expõem lindos tigres para os turistas tirarem fotos. Os animais ficam acorrentados e já li relatos de maus tratos a eles, que muito provavelmente são dopados. Outra atividade popular é “andar de elefante” – também fiz isso. Há outras opções de interação com esses grandalhões, como os vários santuários que existem na região de Chiang Mai que relatei em outro post.
Leia mais sobre esses passeios a evitar no post O que você NÃO deve fazer na Tailândia
Leia também: Khaosan Road: o que esperar da rua mais amada (ou odiada) de Bangkok?
Agora é com você, viajante! Vai pra Bangkok ou já esteve lá? Deixe suas dúvidas e sugestões nos comentários ao final desse post 😉
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