balneario camboriu viajante inveterado

O dia da decisão: Vou fazer um mochilão pela Europa

O ano era 2007, estávamos em setembro e eu acabara de me formar na faculdade de Turismo e Hotelaria, em Balneário Camboriú. O mercado de agências de viagens me atraia bastante, porém eu me sentia intimidado por não conhecer tão bem o exterior (apesar de já ter tido experiências na Alemanha e nos Estados Unidos). Pra seguir meu caminho na desejada profissão de agente de viagens eu via duas opções: a) Distribuir currículos e aprender sobre os lugares por meio de leituras e treinamentos; b) Preparar meu próprio roteiro, me jogar em um mochilão pela Europa e voltar com a bagagem cheia de conhecimento. Qual opção você escolheria? Pois é!

A DECISÃO VOU FAZER UM MOCHILÃO PELA EUROPA

Vou fazer um mochilão pela Europa

Em maio daquele mesmo ano, por coincidência ou não, meu pai tinha me presenteado, de aniversário, com o Guia Visual Europa (da Publifolha). E foi em uma noite qualquer de setembro que eu me decidi: – Vou fazer um mochilão pela Europa.

Eram cerca de 23h quando peguei o guia (ainda intacto), sentei-me na cama, acendi a luminária e mergulhei de cabeça naquela ideia bruta e crua que acabara de ter. Empolgado, comecei a ler sobre a história e os atrativos que remetiam às aulas do ensino médio que eu já nem me lembrava mais. As páginas iam se virando e as horas iam passando. Com uma caneta na mão, o esboço de um roteiro ia se formando em folhas avulsas jogadas pela cama. Mais uma página. Mais um país. Sem pausas.

Quando olhei pela janela, já podia ver os primeiros raios de sol do dia seguinte me avisando que a cada momento eu estava mais próximo de transformar aquela ideia em uma grande viagem. Barulho na rua, carros passando, obras em andamento. O bate-estaca já havia começado. O outro dia chegara de vez e todos já estavam em uma nova jornada de trabalho, de estudos, mas eu continuava ali. Lia tão interessado como nunca antes havia feito. E eu queria mais.

Roteiro, e o guia perfeito para a minha viagem

Os dias se passavam e eu ia mexendo no roteiro. Uma alteração aqui, um ajuste ali. Seguia as localizações no mapa e bisbilhotava informações na internet. Achei, por bem, que deveria comprar mais um guia, pois ainda me faltavam algumas coisas. Conheci o site O Viajante e fiz o pedido do Guia Criativo para O Viajante Independente na Europa. Eu precisava de um guia que falasse a minha língua, que me entendesse e, principalmente, que me desse opções proporcionais ao meu bolso. A escolha foi certeira. Indicações de albergues, restaurantes baratos, passeios gratuitos e uma linguagem informal, igual a minha, era tudo o que eu precisava para complementar e concluir o meu roteiro.

Em dois meses eu já tinha lido (e relido) sobre tudo: passagens, passaporte, seguro, vacina, carteira de habilitação internacional, guias, mapas, metrôs, trens, ônibus, ferries, museus, parques, passeios, albergues, restaurantes, sites e etc. Com todas essas informações, a ânsia de embarcar era terrível e angustiante. Eu não falava sobre mais nada e, provavelmente, ninguém mais aguentava me ouvir falar sobre a viagem.

O meu roteiro estava pronto: 28 países europeus em, no máximo, três meses. Quem ouvia isso se encantava no ato ou debochava: “- Impossível. Você tá ficando louco. Não vai conseguir. Por que não fica só um mês? Escolha só um país”. Confesso que era muito duro ouvir tudo isso. E ao mesmo tempo que me fazia indagar se seria capaz de cumprir a meta estabelecida, me dava mais motivação para realizar aquela viagem. Afinal, eu havia lido tanto, estudado tanto, pesquisado tanto que não poderia resumir meu roteiro – nem em dias, nem em países. Por teimosia ou determinação, mantive o roteiro e estava prestes a ser minha própria cobaia experimental.

Esperando pelo grande dia

Já eram meados de novembro e a vontade de partir logo rumo ao Velho Continente aumentava a cada dia. Eu me sentia pronto, mas… Peraí. A viagem está marcada para março. É no ano que vem. E, pensando bem, ainda eram meados de novembro. O que fazer durante todos esses longos e preguiçosos meses? A verdade é que havia muita água pra correr até caírem as de março. Eu precisava me manter focado pra não desanimar. Foi então que conheci as histórias de Amyr Klink e outros aventureiros. Eu me via em suas epopeias e espelhava-me neles enquanto aguardava e sonhava com os meus momentos. Eu continuava ali, sentado, lendo. Esperando, inerte, mas viajando o tempo todo em meus pensamentos e nas folhas dos livros, em sagas alheias. Continuava ali, só esperando para ser o protagonista. Só esperando pelo dia do meu embarque.


Este é o primeiro post da série Mochilão na Europa I (28 países)

Leia o próximo post da série: O dia do embarque e os primeiros perrengues

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GUILHERME GOSS

Turismólogo, travel writer e diretor da Reisen Turismo. Tem duas paixões: sua família e as viagens. Começou a viajar aos 17 anos e, até agora, 65 países não foram capazes de detê-lo! Sua melhor viagem é sempre a próxima!

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